Placemaking: a ciência de criar espaços urbanos humanizados

Placemaking: a ciência de criar espaços urbanos humanizados

A ciência de criar espaços urbanos humanizados, chamada de Placemaking, foi desenvolvida para fomentar endereços atrativos para as pessoas e com o qual elas se identifiquem e utilizem. Projetos em diversas escalas, tanto do setor privado como do público, já adotam o placemaking em suas propostas, oferecendo locais acessíveis, bem conectados a outros pontos importantes da região, confortáveis e com um ambiente urbano acolhedor.

Placemaking é uma abordagem multidisciplinar de planejamento, desenho urbano, arquitetura e gestão de espaços pensado para os cidadãos que irão utilizá-los, possibilitando que participem de sua cocriação, seja um bairro, um empreendimento ou uma praça. 

A participação ocorre através de um processo colaborativo, que precisa ter o envolvimento das pessoas que fazem parte da comunidade, por meio da aplicação de ferramentas como workshops, plataformas online e físicas de capacitação de ideias. 

O portal Somos Cidade consultou o arquiteto e urbanista Caio Esteves e a gerente de Marketing do Grupo Pedra Branca Clarice Mendonça, especialistas em Placemaking, para explicar como essa abordagem de planejamento vem transformando cidades mundo afora e também no Brasil. Leia a matéria na íntegra.

Ouça o podcast da Somos Cidade em que Caio Esteves, sócio e diretor Global de Placemaking da Bloom Consulting, explica o que é e como funciona o conceito de Placemaking e a geração de senso de comunidade em empreendimentos. 

Referência de espaços urbanos humanizados


Referência internacional em planejamento urbano sustentável, a Cidade Criativa Pedra Branca é um case exemplar de placemaking. Localizado no município de Palhoça, na Grande Florianópolis (SC), o bairro-cidade vem sendo construído há 20 anos, pautado pelas diretrizes do novo urbanismo e da criação de uma cidade para pessoas.

A transformação do loteamento residencial planejado inicialmente para a área de fazenda familiar de 250 hectares no bairro-cidade atual, premiado e reconhecido mundo afora, teve início em 2005, quando os empreendedores conheceram os conceitos do placemaking.

“O segredo do placemaking é o senso de comunidade”, afirma Clarice Mendonça de Oliveira, em entrevista exclusiva ao Somos Cidade, ela revela os “segredos” da criação desse lugar e os desafios enfrentados para a sua implantação. ⠀

Com base na bem-sucedida experiência do grupo na criação do bairro-cidade Cidade Criativa Pedra Branca, em Palhoça (SC), ela destaca que espaços de uso misto, com comodidades instaladas a poucos metros de uma caminhada impactam no bem-estar e incentivam uma vida mais saudável e estimulante, sobrando mais tempo para se dedicar ao que realmente importa.

Desenhar ruas no mesmo nível da calçada, priorizando os pedestres e permitindo que as vias sejam utilizadas por todos os tipos de modais, como por exemplo, carrinhos de bebês e cadeirantes, também contribui para aperfeiçoar as localidades. 

Da mesma forma, ambientes bem planejados, convidativos e seguros despertam a curiosidade e a vontade de permanecer neles. “Lugares assim, que são ocupados de maneira espontânea, deixam a atmosfera do espaço mais feliz e agradável”, ressalta a gerente de Marketing. 

Clarice aponta ainda que ter a natureza – com árvores, paisagismo e presença da água – circundando as estruturas disponibilizadas torna a integração mais aconchegante. “Todos esses elementos precisam ser considerados em um projeto urbano potente”, defende.

Ouvir diferentes vozes e entender a vocação dos locais são estratégias fundamentais para criar endereços inovadores e criativos. Nesse ponto, Clarice traz um exemplo ligado ao desenvolvimento do Passeio Primavera, na SC-401, em Florianópolis (SC), empreendimento do Grupo Pedra Branca. “Inspirado no que existia no Passeio Pedra Branca, em Palhoça, a intenção foi criar um ambiente urbano acolhedor naquele ecossistema, que já tinha uma forte vocação tecnológica”. destaca a especialista. 

Avaliar a vocação do local é mais um fator que auxilia a conceber espaços urbanos mais humanos e atraentes. No Passeio Pedra Branca, a família é o norteador das decisões para o complexo. “Por isso, nossos ambientes públicos possuem muitos elementos envolventes para diferentes idades. Alguns exemplos práticos são a Arena de Esportes – com quadras de vôlei e beach tennis ao ar livre –, o espelho d’água, que é a diversão dos pequenos, parquinho infantil, mobiliário urbano abundante e bicicletários espalhados ao longo de toda a rua”, cita.

Atributos importantes na criação de espaços urbanos humanizados


Um lugar é um local sobre o qual as pessoas atribuem um significado e com o qual possuem uma conexão emocional, indo muito além de sua localização ou atributos físicos. É uma mistura de sua forma física com as atividades que acontecem ali, gerando uma sensação de apego ao local.

O que atrai pessoas são pessoas, sendo crucial incentivar o uso do lugar pelas pessoas, já que deixá-lo vazio vai torná-lo pouco atrativo. É preciso ter vida em um local para ele se tornar um lugar.

Conheça os principais atributos na criação de espaços urbanos humanizados:


São acessíveis e bem conectados a outros lugares importantes da região;

São confortáveis e projetam uma boa imagem;

Atraem pessoas para participar de atividades de lazer e entretenimento;

São ambientes sociáveis em que as pessoas querem se reunir e visitar de novo e de novo.

Conheça a Passeio Endereços e as possibilidades de endereços comerciais inovadores disponíveis para instalar seu negócio.

A Cidade Pedra Branca respeita sua privacidade!

Nosso site utiliza cookies para aperfeiçoar sua experiência. Ao continuar navegando você concorda com a nossa Política de Privacidade e Política de Cookies (criar botão aceitar e um de configurações para o cliente escolher selecionar as definições de cookies).